O Jornal de Negócios, edição de 25 de Fevereiro de 2014, dedicou cerca de
30 páginas à temática “Emprego Jovem”. Aqui, são reveladas estatísticas reais
daquilo que são as remunerações auferidas por jovens, as áreas com maior saída
profissional, como criar o próprio emprego, empresas “à rasca” para contratar,
preparação para entrevistas de emprego e o que as empresas procuram num jovem
sem experiência.
Para melhor percepção das estatísticas, consultar tabela em anexo. Note
que, a faixa etária em análise diz respeito aos 15-24 anos de idade.
Comecemos pelo início. Actualmente, encontram-se inscritos no Centro de
Emprego, 137.100 jovem. No que diz respeito ao Emprego Juvenil, existem 247.100
jovens empregados, dos quais 60 % são trabalhadores precários. Dado
extremamente importante também, é o salário médio líquido dos jovens empregados
por profissão – 515 euros. Trata-se de valores muito diferentes daqueles que
vemos todos os dias em estudos de especialistas da área. Estes são na verdade,
os valores reais que se encontram nos Sites de Recrutamento com ofertas de
emprego. Com uma taxa de desemprego jovem de 37,7 % (uma das mais altas da
Europa), apenas 1 em cada 20 jovens, ganha mais de 900 €.
Para aqueles que saem hoje do Ensino Superior e não possuem qualquer
experiência profissional, a entrada no mercado de trabalho é difícil pela
enorme concorrência e, com o passar do tempo, o preconceito do empregador
aumenta em relação a quem não consegue trabalho e está à demasiado tempo em casa
(45 % dos jovens estava sem trabalho há mais de 1 ano no final de 2013).
Como diferenciar um Curriculum Vitae de todos os outros? Segundo a
Accenture Portugal, com actividades extra-profissionais. Falamos do
conhecimento de línguas, informática, estágios internacionais, participação em
programas de voluntariado ou prática desportiva. A capacidade de comunicação,
humildade, maturidade, gestão de tempo, a polivalência e a resistência ao
stress, são apontados pela Michael Page como factores preponderantes na escolha
do melhor candidato, sendo até mais importantes que o próprio curso.
Os cursos com mais saída no mercado actualmente são as Engenharias
Informática, Mecânica e Electrotécnica, e também as Ciências Farmacêuticas e a
Medicina. Por outro lado, os cursos das ciências sociais e humanas, estão,
segundo a Egor, a licenciar jovens para o desemprego. Com a extinção dos cursos
industriais e comerciais, muitas empresas têm dificuldade em encontrar pessoas
que possuam prática para trabalhos técnicos, e seguir pelos actuais cursos
profissionais poderá ser uma saída com futuro.