A televisão, a rádio ou os jornais proporcionam-nos todos os dias
informações sobre a actualidade nas mais variadas categorias, desde a política
ao desporto, passando pela cultura ou ambiente. Tendo em atenção a categoria da
política, um tema que esteve em voga relaciona-se com o fecho das Urgências
Hospitalares no horário nocturno, levando a que grupos de cidadãos façam ouvir
publicamente o seu descontentamento. Quer-se com isto dizer que a comunicação
social é um elo essencial na transmissão dos sentimentos de revolta por parte
dos populares, conduzindo a contestação civil até aos órgãos sediados na
capital, no caso português, e servindo deste modo como pressão para que os
serviços de urgência se mantenham abertos.
Pretende-se deste modo que a informação percepcionada influencie ou
condicione a capacidade de tomar decisões por quem tem competência, de modo a
atender a interesses não apenas de um indivíduo, mas sim de um aglomerado
populacional, assim se tomando políticas públicas ajustadas a estes interesses
legítimos.
A própria Comunicação Social pode ainda assim influenciar e manipular a
opinião pública, uma vez que os cidadãos tendem a acreditar em grande parte do
que é dito e mostrado por estes meios. Se um jornalista afirmar que um político
cometeu uma ilegalidade, a grande maioria dos telespectadores irá de imediato
aceitar e interiorizar essa mesma informação. Faz parte da nossa cultura
acreditar nos meios de comunicação social, pelo simples facto de qualquer um de
nós associar as notícias à veracidade e não à mentira.
Resumindo, podemos percepcionar a pressão sobre a comunicação social de
dois diferentes prismas. Por um lado, há a utilização destes meios por parte
dos cidadãos como forma a fazerem-se ouvir junto do Governo, para reivindicar
direitos ou interesses. Por outro lado, temos uma comunicação social que, por
si mesma, independentemente de qualquer pressão sobre ela, pode exercer uma
pressão sobre o governo ou sobre uma qualquer organização estatal, de forma a
obter informações para noticiar junto dos cidadãos.
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