As
Eleições Autárquicas 2013, marcadas para o mês de Outubro em todo o território
português, serão as mais importantes desde 1976.
A
reforma administrativa do território teve consequências graves no Concelho de
Estarreja. Das actuais sete freguesias, a partir de Outubro de 2013 passaremos
para apenas cinco. O Presidente da República, o Professor Aníbal Cavaco Silva,
promulgou o diploma que aprova a união de freguesias em Portugal. No caso de
Estarreja, assistimos ao nascimento de 2 novas uniões de freguesias: Beduído
com Veiros e, Canelas com Fermelã. Na prática, desaparecem quatro freguesias
neste Concelho, não em identidade, mas sim em fronteiras. A juntar a isto, foi
igualmente aprovada a limitação de mandatos, ou seja, todos os actuais
Presidentes de Câmara e de Junta que tenham exercido três mandatos
consecutivos, não se poderão concorrer nas Autárquicas 2013 como candidatos a
esse mesmo cargo que ocupam no dia de hoje. Poderão sim, concorrer em qualquer
outra posição nas listas, sem qualquer tipo de impedimento legal. Deste modo, a
nível local estes dois factores constituem-se como possíveis condicionantes no
processo de escolha pelos cidadãos eleitores, que assistiram ao desaparecimento
das fronteiras físicas de quatro freguesias estarrejenses, e por outro lado,
terão que eleger um novo Presidente da Câmara, uma vez que o que se encontra em
exercício de actividades não se poderá recandidatar, fruto da limitação de
mandatos.
Agora,
iremos analisar a situação em que se encontra Portugal e, que poderá igualmente
condicionar os eleitores. A crise económica internacional teve também impacto
no nosso país, o poder de compra diminuiu, a taxa de desemprego atingiu valores
históricos e os portugueses já não aguentam mais austeridade. Acabaram-se os
furos nas correias do povo, é impossível apertar mais. As medidas que a troika
exige ao nosso governo, como forma a garantir que as tranches de milhões de
euros entram nos cofres do estado, são uma dura realidade. O facto é de que,
estes milhões servem apenas para pagar dívidas, e deveriam também servir para
fomentar a criação de novos empregos, para criar riqueza no nosso país e sermos
auto-sustentáveis. Enquanto estivermos apenas a pagar dívidas, não criaremos
riqueza e consequentemente, não criaremos novos postos de trabalho. Com isto
quero dizer que, os eleitores poderão dar um “cartão amarelo” ao Governo, na
medida em que a cor partidária de muitas Câmaras Municipais poderá mudar, como
protesto e aviso do povo português aos nossos governantes.
Em
baixo, ficam os resultados das Eleições Autárquicas em Estarreja, para a Câmara
e Assembleia Municipais, de 1976 até 2009.
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