domingo, 3 de março de 2013

Autárquicas 2013 – Análise ao Concelho de Estarreja



As Eleições Autárquicas 2013, marcadas para o mês de Outubro em todo o território português, serão as mais importantes desde 1976.
A reforma administrativa do território teve consequências graves no Concelho de Estarreja. Das actuais sete freguesias, a partir de Outubro de 2013 passaremos para apenas cinco. O Presidente da República, o Professor Aníbal Cavaco Silva, promulgou o diploma que aprova a união de freguesias em Portugal. No caso de Estarreja, assistimos ao nascimento de 2 novas uniões de freguesias: Beduído com Veiros e, Canelas com Fermelã. Na prática, desaparecem quatro freguesias neste Concelho, não em identidade, mas sim em fronteiras. A juntar a isto, foi igualmente aprovada a limitação de mandatos, ou seja, todos os actuais Presidentes de Câmara e de Junta que tenham exercido três mandatos consecutivos, não se poderão concorrer nas Autárquicas 2013 como candidatos a esse mesmo cargo que ocupam no dia de hoje. Poderão sim, concorrer em qualquer outra posição nas listas, sem qualquer tipo de impedimento legal. Deste modo, a nível local estes dois factores constituem-se como possíveis condicionantes no processo de escolha pelos cidadãos eleitores, que assistiram ao desaparecimento das fronteiras físicas de quatro freguesias estarrejenses, e por outro lado, terão que eleger um novo Presidente da Câmara, uma vez que o que se encontra em exercício de actividades não se poderá recandidatar, fruto da limitação de mandatos.
Agora, iremos analisar a situação em que se encontra Portugal e, que poderá igualmente condicionar os eleitores. A crise económica internacional teve também impacto no nosso país, o poder de compra diminuiu, a taxa de desemprego atingiu valores históricos e os portugueses já não aguentam mais austeridade. Acabaram-se os furos nas correias do povo, é impossível apertar mais. As medidas que a troika exige ao nosso governo, como forma a garantir que as tranches de milhões de euros entram nos cofres do estado, são uma dura realidade. O facto é de que, estes milhões servem apenas para pagar dívidas, e deveriam também servir para fomentar a criação de novos empregos, para criar riqueza no nosso país e sermos auto-sustentáveis. Enquanto estivermos apenas a pagar dívidas, não criaremos riqueza e consequentemente, não criaremos novos postos de trabalho. Com isto quero dizer que, os eleitores poderão dar um “cartão amarelo” ao Governo, na medida em que a cor partidária de muitas Câmaras Municipais poderá mudar, como protesto e aviso do povo português aos nossos governantes.
Em baixo, ficam os resultados das Eleições Autárquicas em Estarreja, para a Câmara e Assembleia Municipais, de 1976 até 2009.







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