Este artigo destina-se, acima de
tudo, a jovens quadros de associações locais, bem como, a potenciais
interessados em exercer a actividade associativa, contribuindo para o
desenvolvimento da sua comunidade local.
De acordo com o Instituto
Nacional de Estatística (INE), em 2010, residiam em Portugal cerca de 3 milhões
de jovens até aos 24 anos de idade. Representavam quase 1/3 do total de
habitantes do nosso país. Infelizmente, uma parte significativa destes jovens
encontram-se desempregados e por isso, fica a questão: o que fazem estes jovens
enquanto estão desempregados? Alguns ficam por casa, outros passam o seu tempo
num grupo de amigos, informal ou na associação da terra. O importante nesta altura
é não estar parado.
Todas as associações juvenis,
devem estar inscritas no RNAJ – Registo Nacional de Associações Jovens, para
que haja um controlo das existências, mas também para que estas possam aceder a
apoios do IPJ – Instituto Português da Juventude (apoio financeiro, técnico,
formativo e logístico). Em 2010, estavam inscritas no RNAJ, 1141 organizações.
De seguida, apresentam-se os diferentes tipos de Associações Jovens existentes
em Portugal:
- Associações Juvenis (ex. Cine
Clube de Avanca Escola de Samba Trepa de Estarreja);
- Associações Sócio-Profissionais
(ex. Associação dos Jovens Agricultores de Portugal);
- Entidades sem fins lucrativos
(ex. Paramédicos de Catástrofe Internacional);
- Federação de Associações de
Estudantes do Ensino Superior (ex. Federação Académica do Porto);
- Federação de Associações
Juvenis (Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro);
- Associação de Estudantes do
Ensino Superior Privado (Associação de Estudantes do Instituto Superior Miguel
Torga);
- Associação de Estudantes do
Ensino Superior Público (ex. Associação Académica da Universidade de Aveiro);
- Grupo Informal de Jovens (ex.
Remix Jovem);
- Organização Nacional de Guias e
Escoteiros.
De acordo com a Lei do
Associativismo nº 23/2006 de 23 de Junho, as associações de jovens são grupos
informais, constituídos exclusivamente por jovens até aos 30 anos e com pelo
menos 5 elementos.
Mas afinal, quais são os
objectivos a atingir pelas Organizações? Em baixo, ficam os objectivos:
- Desenvolvimento e crescimento
pessoal;
- Aquisição de competências,
valores e potencialidades;
- Formação pessoal, política,
cívica, humana e religiosa;
- Desenvolvimento de uma
consciência de direitos e deveres;
- Mobilização em prol do bem
comum, solidariedade, voluntariado;
- Desenvolvimento do sentido de
pertença a um grupo.
Infelizmente, as organizações
também enfrentam graves problemas no seu dia-a-dia, caso de:
- Insuficiente divulgação dos
valores associativos;
- Carência de Instalações;
- Deficiências na formação de
dirigentes e animadores;
- Reduzido intercâmbio;
- Dificuldades em
empreender/inovar.
Como vimos, existem inúmeras
associações, das mais variadas áreas, desde associações desportivas, grupos
religiosos, grupos ambientais, comissões sindicais e juventudes partidárias.
Nos dias que correm, é
extremamente importante que os nossos jovens se mantenham ocupados, que
construam a sua personalidade e que deixem a sua marca por onde passam.
Fica o desafio: adere a uma
associação!