Os jovens portugueses debatem-se hoje com a problemática do desemprego.
Após terminarem as suas licenciaturas e mestrados, deparam-se com a
concorrência dos seus colegas de curso, por vezes centenas a responder à mesma
oferta de trabalho, pelo que, obviamente que não é possível a todos assinarem
esse contrato.
Deste modo, uma das possíveis explicações para a dificuldade em encontrar
emprego, além da crise instalada no mundo, poderá ser o facto do processo de
Bolonha ter reduzido as Licenciaturas de 4 para 3 anos, levando a que o mercado
profissional exija muitas vezes candidatos já com Mestrado, deixando assim
centenas excluídos.
A cada vez mais tardia entrada no mercado de trabalho, aliada a contratos
a termo de baixa duração (e o saltar de emprego em emprego quando se consegue
encontrar algo), levará a que os jovens casais se unam cada vez mais tarde, e
possivelmente a que tenham menos filhos, conduzindo para uma cada vez menor
taxa de natalidade.
E isto leva-nos a outra questão: - Qual será o futuro das gerações
vindouras? Trata-se de uma pergunta de extrema dificuldade em encontrar
solução. A não ser que os países consigam pagar todas as suas dívidas e criar
riqueza e emprego, o cenário que se antevê parece muito nublado.
Pessoalmente, a especulação imobiliária que surgiu no passado, com os
Bancos a emprestar volumosas quantias de dinheiro às famílias, que mais tarde
não conseguiram pagar os seus empréstimos e não tiveram outra alternativa senão
entregar as suas casas, contribuiu e de que maneira, para a crise em que hoje
nos encontramos.
Por muito que nos custe, se não temos dinheiro, não podemos gastar aquele
que não temos. As férias luxuosas devem ser trocadas por soluções
economicamente mais viáveis. Se não podemos comprar casa, então arrendamos. E
se o carro dos nossos sonhos é demasiado caro, então compramos um mais barato
ou então um usado.