Está comprovado que, nas últimas décadas tem-se registado profundas
alterações na base e topo das pirâmides etárias, nos mais diversos países do
Mundo.
Iniciando o percurso pelos países mais desenvolvidos, verificamos que o crescimento industrial foi factor preponderante no seu desenvolvimento. Assim sendo, a industrialização permitiu a criação de novas oportunidades de emprego que conduziram intrinsecamente ao aumento dos níveis de rendimento familiares.
Iniciando o percurso pelos países mais desenvolvidos, verificamos que o crescimento industrial foi factor preponderante no seu desenvolvimento. Assim sendo, a industrialização permitiu a criação de novas oportunidades de emprego que conduziram intrinsecamente ao aumento dos níveis de rendimento familiares.
O acesso à educação generalizou-se conduzindo a uma cada vez mais reduzida taxa
de analfabetismo que, mostrou-se fundamental para uma maior consciencialização
sobre os estilos de vida e na modificação das atitudes face à fecundidade e à
natalidade, promovendo um desenvolvimento social mais sustentável. Um outro
factor que não deve ser esquecido, é o da evolução da medicina e das condições
higiénico-sanitárias que, promoveram uma maior qualidade e aumento da esperança
média de vida.
De igual modo, a família tradicional tem vindo a sofrer mutações. Deparamo-nos
com novas formas de família, aumento do número de celibatários e de pessoas que
vivem sozinhas. De referir ainda que, o número e a dimensão das famílias tem
vindo a decrescer, aumentando por isso as famílias monoparentais e
inter-raciais bem como, o recurso às novas tecnologias de reprodução como forma
de resolver problemas de infertilidade ou ausência de progenitor.
Indo um pouco mais longe, os chamados países mais avançados, relatam alterações
de comportamentos populacionais, nomeadamente no que diz respeito aos temas da
sexualidade, toxicodependência, alterações dos modos de vida (frenéticos) e dos
seus valores, tudo isto potencializado pelo fenómeno da globalização e da
intensificação das migrações internacionais que, facilitam a integração dos
indivíduos e a formação de sociedades multirraciais.
Relativamente aos Países menos Avançados, um dado que sobressai prende-se com
os índices sintéticos de fecundidade elevados, uma vez que os filhos são
encarados como uma fonte de rendimento devido ao papel que desempenham na
produção agrícola. Os elevados índices de fecundidade demonstram que neste tipo
de territórios há uma enorme incapacidade de garantir a escolarização dos
jovens, em particular do sexo feminino.
Todavia, a estabilização dos índices resulta do contributo de alguns países
europeus que incentivam a um aumento do abono de família a partir do 2º ou 3º
filho ou no caso de famílias numerosas ou de baixos rendimentos, prolongamento
das licenças de parto, horários de trabalho reduzidos e flexíveis ou mesmo
desenvolvimento de sistemas de protecção social dos mais jovens comparticipados
pelo Estado.
Pode-se assim afirmar que, estas melhorias verificadas permitiram a redução das
despesas com os filhos associadas ao salário da mulher, para o aumento do
orçamento familiar através do qual os jovens casais em inicio de vida em comum
puderam melhorar a sua perspectiva de nível de vida e, a mulher que pôde
melhorar as suas perspectivas profissionais, abandonando a sua anterior tarefa
imposta pela sociedade que consistia no cuidar do lar familiar.
Concluindo, os jovens têm hoje um papel preponderante na sociedade. A sua cada
vez maior formação académica, capacidade de adaptação à evolução, dinamismo,
criatividade, maior mobilidade geográfica e profissional podem permitir-nos a
médio ou longo prazo uma resolução dos problemas relacionados com a saúde,
segurança social ou mesmo a redução das despesas como forma de equilibrar as
balanças comerciais.
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